O fim da meia entrada? Ministério da Economia discute a possibilidade

O benefício da meia-entrada garantiu que os estudantes tivessem acesso ao cinema, shows e peças de teatro, que muitas vezes possuem valores fora do poder de compra, mas parece que ele está com os dias contados. O Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes, posicionou-se a respeito de uma consulta pública da ANCINE (Agência Nacional de Cinema) com base em uma análise sobre a venda de ingressos entre os anos 2017 e 2019.
De acordo com o órgão, 80% das vendas do último ano foram meias-entradas, divididas entre 59,75% de ingressos legais, 17,27% promocionais e 2,34% cortesias. A ANCINE explica que as meias entradas são custeadas através de subsídio cruzado (isto é, o que a empresa deixa de ganhar nas meias entradas é custeado nos ingressos inteiros). Isso significa que os ingressos de cinema se tornam mais caros para garantir a existência da meia entrada, acabando com o objetivo de garantir que as classes mais baixas possam acessar salas de cinemas e eventos culturais.
Fica a questão: uma vez extinta a meia entrada, será que os donos de empresas reajustarão os preços dos ingressos de preço único para baixo? Não há uma resposta certa, mas há um caso recente sobre a polêmica das bagagens pagas nos voos. Quem lembra?
A ANCINE propõe duas soluções: a revisão das regras e concessão da meia entrada a fim de reduzir o número de beneficiários a partir de critérios de renda ou e a extinção do benefício. O caso será atualizado assim que a consulta pública se encerrar no dia 13 de agosto.
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Ana Monteiro Ver tudo
Filmmaking only brings suffering! Jornalista, especialista e mestranda em Cinema. Saí do Condado e vim para a cidade grande dar palpite com propriedade.